quarta-feira, 14 de novembro de 2012

UnB Cerrado promove oficina de sabão com Dona Flor




O Centro de Estudos do Cerrado da Chapada dos Veadeiros – UnB Cerrado, por meio do Núcleo Sócio Cultural e em parceria com o Instituto Oca Brasil, realizou no último domingo a 'Oficina de Sabão de Tingui' com a D. Flor, legítima representante da sabedoria popular em Alto Paraíso.
Confira as etapas da produção:


Etapa 1: Descascar a semente, guardando a parte interna para fazer o sabão 

Etapa 2 - Coloca-se água na cinza para montar a decoada buscando o ponto próximo de uma massa de cuzcuz:



Etapa 3 - Prepara-se a caixa que receberá a cinza, deixando um funil na sua base para a água escorrer, na qual esta permanece uma semana descansando:



Etapa 4 – Na medida em que se põe a cinza molhada, utilizando uma mão de pilão, compacta as camadas de cinza.


Etapa 5 – Deixa no meio da cinza um buraco que receberá a água, que em conjunto com a cinza recebe o nome de “decoada”, substituta da soda cáustica utilizada no sabão convencional.



Etapa 6 – Depois de as sementes ficarem de molho por quatro dias, a película marrom se desprende com facilidade. O próximo passo é levar as sementes, agora brancas, para a secagem.  





Etapa 7 – Expostas ao sol, as sementes devem ser protegidas dos insetos com o uso de um sombrite. Obs.: Caso não haja sol, podem ser colocadas em um local suspenso e ventilado para secar.




Etapa 8 – Coloca-se água para obter a decoada, que funciona como a soda no sabão.



Etapa 9 – Cozinhar o Tingui na decoada, colocando as decoadas mais fracas primeiro.


Etapa 10 – Na medida em que a semente de Tingui se desintegra e a decoada vai evaporando, coloca-se aos poucos a decoada mais forte.





Etapa 11 – Depois de, aproximadamente, 15 horas de cozimento, o sabão de tingui vai atingindo o ponto ideal.


Etapa 12 – Colocar nas formas e levar ao sol.



Etapa 13- Embalar e colocar rótulo.



O sabão de Tingui é indicado no tratamento de queda de cabelo, caspa, seborréia, rugas, manchas na pele, cravos, espinhas, corrimento, sarna, herpes, leishmaniose, hanseníase, queimaduras, assaduras, irritação da barba e piolhos. 


Por Rafael de Rivera – Tutor do Centro UnB Cerrado

Um comentário:

  1. Que legal! E como é importante registrar esse rico conhecimento tradicional. Parabéns!
    Livia

    ResponderExcluir