quinta-feira, 16 de maio de 2013

Palestra “MUDANÇAS CLIMÁTICAS, QUE BICHO É ESSE?”


No dia 15 de maio de 2013 o Centro UnB Cerrado, contou com a presença de Diego Pereira Lindoso, Biólogo e Doutorando da UnB, pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável- CDS, ministrando a palestra “Mudanças Climáticas, que Bicho é esse?” 

A palestra teve inicio com os princípios de funcionamento da natureza resumidos em três tópicos: fluxo, ciclo e que tudo e todos estão conectados. 

Diogo nos fez primeiramente compreender que, o planeta Terra é uma grande espaçonave, pois está em constante movimento, em torno de si mesma, em torno do Sol e do centro da galáxia (Via Láctea). Por sua vez, o Sol é a fonte de toda energia que movimenta a vida na Espaçonave Terra. 

Explicou-nos que as plantas necessitam de gás carbônico (CO2) para sobreviver e realizar a fotossíntese, juntamente com água e luz solar. Por meio deste processo, o carbono vira nutriente para as plantas e, nós e os outros animais aos nos alimentarmos destas, seja pelos seus frutos, folhas ou raízes consumimos carbono na forma de glicose (C6H12O6) devolvendo este na expiração, na forma de gás carbônico, resultante da reação do gás oxigênio (O2) com a glicose na respiração celular. 

http://auladecienciasdanatureza.blogspot.com.br

Ainda sobre a vida das plantas, nos contou que o Sol transmite luz em forma de energia de várias cores (frequências), porém para ser vista de forma fragmentada é necessário a utilização de um prisma. Um exemplo dado foi a coloração verde das folhas das plantas, resultante da absorção de todas as outras tonalidades na realização da fotossíntese, emitindo apenas a cor verde. 

O Palestrante ainda conceituou o que é Atmosfera, explicando que nela existe uma camada de gases do efeito estufa sendo e que este efeito é necessário para que haja vida no nosso planeta, pois esta camada de gases é responsável pela regulação da temperatura na Terra. Isso ficou claro ao explicar a diferença termogênica entre o nosso planeta e a Lua que não é envolvida por uma atmosfera, apesar de estarem à mesma distância do Sol. 

A camada de gases de efeito estufa e sua regulação térmica são também responsáveis por: 

Rios voadores, movimento das águas na forma de chuva. As águas dos oceanos e rios evaporam e formam nuvens e estas são levadas pelo vento até o continente onde acontece o fenômeno das chuvas. Exemplificou a Cordilheira dos Andes como uma barreira natural destas nuvens, localizada entre a maior floresta tropical do planeta que é a Amazônica e o deserto mais árido do mundo, o Atacama. 

Influência nos oceanos: movimento das águas em forma de correntes oceânicas, fazendo com que as águas geladas do Polo Norte ao chegarem à Linha do Equador, aqueçam e sofram uma ressurgência, levando calor para Europa . 

Acontece que, por conta do desmatamento, das indústrias, dos automóveis e das queimadas está havendo grande emissão de gás carbônico (CO2) que sobrecarrega a camada de gases de efeito estufa da atmosfera impedindo que o calor se dissipe, isto está causando desequilíbrio neste ciclo muito sério sendo necessário que mudemos nossos hábitos. 

Com este desequilíbrio, a Europa sofrerá diminuição brusca na sua temperatura média por conta do derretimento das geleiras. O movimento de ressurgência não será suficiente para manter esta temperatura, portanto nem todo o planeta irá apresentar aumento de temperatura, decorrente do aquecimento global. Além disso, atualmente o nível do mar já está se elevando causando inundações das zonas costeiras e dos países ilhas, gerando grandes transtornos para humanidade. Também poderá ocorrer extinção de diversas espécies de flora e fauna como, por exemplo, os ursos polares que dependem das geleiras para sobreviver. 

Além do gás carbônico há outros gases que também são responsáveis por estes desequilíbrios, um deles é o gás metano (CH4), que é liberado na flatulência (pum) do gado. No Brasil, temos o segundo maior rebanho de gado do planeta, portanto somos o segundo maior emissor deste gás de grande efeito estufa. O outro gás está presente nos fertilizantes usados nos grandes plantios de monocultura, conhecido como óxido nitroso (N2O), rico em nitrogênio. 

A mensagem deixada é de que podemos mudar o quadro atual das Mudanças Climáticas e impedir que estas previsões se concretizem, através do consumo consciente, adquirindo produtos locais (biorregionais), preservando o meio ambiente, através de mudanças de hábitos que incentivam a degradação da natureza, e consumindo alimentos livres de agrotóxicos e fertilizantes artificiais. 


Texto produzido pela bióloga Marcela da Trindade em parceria com o Quimico Cesar Barbosa, com a participação dos alunos do Centro UnB Cerrado: Bruno, Daniel e Carol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário